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Mariko Mori : Entre arte,tecnologia e espiritualidade

Mariko Mori, artista japonesa que vive no eixo Tóquio-Nova York, e que é hoje um dos maiores nomes da arte contemporânea ganha mostra individual no país.

A exposição interativa,intitulada Oneness (em português, “singularidade” ou “unicidade”), está em cartaz no CCBB de São Paulo e apresenta dez trabalhos de grande escala e alta complexidade tecnológica que retratam moda, cultura pop, passado e presente, ciência e espiritualidade.

Entre os trabalhos, Wave UFO ,uma escultura de 6 toneladas no estilo “nave espacial” que recebe os visitantes e registra os seus impulsos cerebrais.

Ainda há o trabalho que dá nome à exposição, Oneness. A instalação apresenta um círculo de seis figuras azuis, semelhantes a alienígenas que interagem ao toque do visitante.Medindo 1,35 m e confeccionadas em technogel – material novo, que fica entre o sólido e o líquido -“Oneness” chega à São Paulo depois de passar por Brasília e Rio de Janeiro.

A artista de 44 anos e budista praticante já teve os trabalhos expostos em espaços de grande destaque como o Guggenheim ,MoMA, Museu de Arte Contemporânea de Tóquio e o Centro Georges Pompidou, em Paris.


“Oneness”, de Mariko Mori
De 20 de agosto a 16 de outubro de 2011

Centro Cultural do Banco do Brasil São Paulo

Informações: (11) 3113-3651 / 3113-3652
Horários: de terça a domingo, das 9h às 21h

Rodchenko e Mapplethorpe agitam a semana

Dois lançamentos prometem movimentar  o mercado  literário: “Imitabichos”  do  poeta e dramaturgo Serguéi Tretiakóv em parceria com o artista pioneiro do construtivismo russo Aleksandr Rodchenko e “Mapplethorpe X7″ que celebra o trabalho do fotógrafo Robert Mapplethorpe.

Na publicação “infantil” Imitabichos,nunca publicada no próprio país,  Aleksandr Rodtchenko um dos artistas russos mais versáteis dos anos 20 e 30 ilustra nove divertidos poemas de Serguéi Tretiakóv. Rodtchenko é considerado figura central no panorama das vanguardas artísticas, trabalhou com  pintura, design, ilustração, colagem e fotografia.Criou imagens inovadoras para capas de livros , revistas, propagandas e cartazes.

Com colaboração de sua esposa, Varvara Stiepánova, construíram para Imitabichos “fotos de animação”. Com toque romântico, criou desenhos geométricos que representam bichos e crianças, a partir daí  destacou os moldes do papel tornando as imagens  tridimensionais.

As  maquetes de papel de Ródtchenko fazem de Imitabichos um livro-espetáculo em todos os sentidos .

A edição lançada pela editora Cosac Naify (R$ 49,00) traz  ainda algumas fotos da recente exposição em homenagem ao fotógrafo na Pinacoteca do Estado de São Paulo.

“Nosso dever é experimentar”, dizia o fotógrafo

Enquanto isso, no hemisfério norte, depois de protagonizar uma história de amor em “Só Garotos”o fotógrafo  Robert Mapplethorpe é homenageado por  sete dos mais badalados artistas da atualidade: David Hockney, Vik Muniz, Catherine Opie, Sterling Ruby, Cindy Sherman, Hedi Slimane e Robert Wilson . O livro Mapplethorpe X7 lançado pela editora teNeues traz as famosas fotografias em preto e branco de nus masculinos e femininos, flores e retratos de celebridades , mas também uma série de imagens pouco conhecida pelo público.

Durante um período de sete anos , os artistas garimparam todo o acervo das marcantes imagens de Mapplethrope, procurando dentro da sua variedade de temas o trabalho que incorpora-se mais a personalidade e característica de cada um .A reunião dessas imagens  é uma grande oportunidade para conhecer a fundo o trabalho de Mapplethorpe e a sua influência na arte contemporânea.

Até o dia 2 de outubro,a mostra “I´m a Cliché – Ecos da Estética Punk”,no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) do Rio de Janeiro exibe , 150 obras que se relacionam com o punk. Entre elas estão os retratos da roqueira Patti Smith feitos por Robert Mapplethorpe.

"Eu procuro pela perfeição da forma" - diz Mapplethorpe

I’m a Cliché

A irreverência do movimento punk dos anos 70 abriu espaço para uma nova estética , que influenciou a moda a fotografia o design e as artes plásticas.

“I am a Cliché-Ecos da estética punk”, exposição que chega ao Brasil depois de grande sucesso na França, trás 150 obras de 12 artistas,entre fotografias, fotocolagens, e instalações relacionados a estética punk.

Entre as obras exibidas no CCBB,Rio de Janeiro,retratos icónicos de uma jovem Patti Smith, Sex Pistols, Sid Vicious, Nico e screen tests com o grupo Velvet Underground, realizados por grandes artistas envolvidos nesse momento histórico ,como Andy Warhol , Robert Mapplethorpe, Dennis Morris, David Wojnarowicz e Bruce Connor.

O título da exposição  emprestado de uma composição da banda X-Ray Spex brinca com a idéia estereotipada que se tem dos punks; o moicano, a jaqueta de couro, o espírito rebelde e as calças surradas. A curadora da mostra Emma lavigne, explica que as artes visuais constituíram uma parte importante do movimento punk e que a estética  ainda hoje é referência constante,para a moda, artes e atitude.

Para colocar o público no clima os espaços são sonorizados com as músicas que tornaram esses jovens rebeldes tão populares.

A exposição fica em cartaz até 2 de outubro,no CCBB, Rio de Janeiro

Scoops!!

Em paralelo a exposição da artista Tracey Emin “Love is What You Want” na Hayward Gallery em Londres, oito novas gravuras estão a mostra e disponíveis para compra na Louis Vuitton Maison, 160 New Bond Street, patrocinadora oficial da mostra. A edição numerada e assinada pela artista é limitada a 100 cópias e fica em exposição até 29 de Agosto.

O Instituto Moreira Salles traz a São Paulo fotos inéditas do álbum da família real Brasileira. Registradas por célebres fotógrafos como Marc Ferrez e Revert Henry Klumb as 165 fotografias da mostra,guardadas a mais de 100 anos, foram escolhidas pelo coordenador do IMS e pelo príncipe Dom João De Orleans de Bragança,tataraneto de Dom Pedro II e herdeiro dessa coleção.Os retratos permitem uma leitura mais direta da família real, vista por fotógrafos que eram íntimos dela, diz o curador Sergio Burgi.O que se vê são vários momentos da vida privada dessa família, como a princesa Isabel, filha de Dom Pedro II, trocando afeto com os filhos e o marido. As crianças brincam como em qualquer família. Fotos bem comportadas, mas incomuns para outras cortes do século XIX.

As peças do Trabalho de conclusão de curso do jovem artista Jackson Sprague recém formado no Royal College of Art esgotaram em poucas horas durante a vernissage. O artista está dando o que falar e está entre as novas apostas do mercado de arte Europeu. O preço das obras, entre £700 e £1,700.

O CCBB abre no inicio de agosto, no Rio de Janeiro, exposição que homenageia o músico Miles Davis.A mostra “Queremos Miles”, dividida em oito partes,narra a trajetória do artista; de sua infância no Missouri ao estrelato,do bebop ao fusion. Seis das oito partes da mostra são feitas por casulos construídos na forma de uma surdina de trompete, que contém arquivos e musica de todas as fases do ícone. Estarão presentes sete de seus trompetes, diversos documentos de sessões em  gravadoras e um acervo de fotos que registra a gravação de Kind of Blue. A mostra também traz pinturas de Basquiat, de quem  Miles Davis foi amigo nos anos 80, e também alguns quadros do próprio músico, que se aventurou pela pintura em um período que ficou sem tocar e gravar. A exposição chega a São Paulo em Outubro.

Retratos do Império e do Exílio; Tracey Emin , Jackson Sprague; Queremos Miles